sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ídolo Gilmar

CONHECENDO O ÍDOLO

Eu com apenas 14 anos de idade tive a oportunidade de conhecer um grande ídolo da minha infância/juventude e de muitos corinthianos.  O goleiro Gilmar dos Santos Neves, que foram mais de dez anos no Corinthians e seis títulos, entre Paulistas e Rio-São Paulo. Gilmar disputou mais de 500 jogos com a camisa do timão e que chegou ao clube em 1951.

O seu início no Corinthians, foi um tanto complicado, pois foi considerado o principal culpado pela derrota por 7 a 3 (25 de Novembro de 1951) contra a Portuguesa de Desportos pelo Campeonato Paulista. Depois de quatro meses voltaria a defender a meta alvinegra, para se consagrar campeão paulista. Durante seus dez anos de Corinthians, conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo de 1953 e 1954 os Campeonatos Paulistas de 1951,1952 e 1954, este último no qual festejava-se o IV centenário da cidade de São Paulo e foi condecorado com o título de "supremo guardião do campeão do quarto centenário".

Bem após a conquista do titulo onde a cidade festejava o IV centenario, meu pai me levou para conhecer o meu maior ídolo, foi em um campo onde eles iam disputar uma “pelada” e que logo perguntei quando avistei o Gilmar: - “Posso jogar?”. Gilmar respondeu – “Não, o pessoal aqui vai pegar pesado e você pode se machucar...” Ao que logo emendei: - “Já que não posso jogar, posso pelo menos bater um penault com você no gol?”. Gilmar respondeu – “Sim, claro!”. Fiquei todo feliz e logo me posicionei para bater o penault, quando bati o penault joguei a bola nas mãos do Gilmar e logo emendei falando: - “Jamais faria um gol no meu ídolo”.
Depois disso nos despedimos e fui embora. Voltei a encontra-lo anos depois, ele ja bem mais velho, eu também e relembramos o acontecido da minha infancia dando boas risadas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Religião

Informe Oficial


Informo a todos para que não haja duvidas que a minha Religião é Católico Apostólico Corinthiano!!!



Sem mais;

Celso Vieira


EM PLENA SELVA

FOLHETIM Por: DORIVAL COLOMBERO

EM PLENA SELVA

I –           De suas andanças pelo mundo, o Jornalista Celso Vieira, ao pretender assistir ao filme “Xingu”, em exibição nos cinemas da Cidade, lembrou-se de que ele próprio já havia ido ao Alto do Xingu, por ocasião de umas “férias” usufruídas enquanto trabalhava na sede paulistana da Aeronáutica, durante o regime militar do governo da União. Em companhia de outros colegas de profissão, passara por vários dias em plena selva amazônica, convivendo com habitantes de uma tribo sediada nas proximidades da base onde se alojara, administrada por Major  da Aeronáutica. Participando de várias incursões selva a dentro, Celso, obviamente, andava armado, tanto quanto seus companheiros e demais militares.
                Numa dessas caminhadas, desta vez por uma das trilhas feitas pelos habitantes locais, em companhia de Cara Preta, o Índio que servia de guia para todos os visitantes, Celso parou para admirar o gigantismo de uma arvore, quando avistou, em meio a frondosa copa, um grande e belo pássaro. Imediatamente, ajustou o rifle em posição de disparo a fim de atingir aquela ave pousada num dos galhos da majestosa árvore.
                Na iminência de disparar, sentiu a mão de Cara Preta sobre o seu ombro. O índio, em voz mansa e firme perguntou-lhe: - “Vai comer?”. Celso respondeu – “Não, claro...” Ao que o guia emendou: - “Se não vai comer, não mata ela, seu Celso...”
II-           Na véspera de voltar para São Paulo, o jornalista foi abordado por um índio da aldeia vizinha a base que lhe pediu a camisa vermelha que no momento esta usando. Sabendo que aquele dia era o dos presentes dos visitantes  aos selvícolas, Celso não se fez de rogado e ali mesmo despiu a camisa dando-a ao selvagem que nada disse em agradecimento. Naquela noite, estando todos no alojamento, em meio a uma concorrida partida de pôquer, aquele mesmo índio, burlando a severa vigilância do acampamento, adentrou no galpão e acercou-se de Celso. Estendendo com firmeza a mão, entregou-lhe um anel de osso, feito por ele, de presente, como retribuição à bela camisa que havia ganho horas antes...
III-          Decorridas algumas semanas de haver retornado à rotina de seu trabalho em São Paulo, Celso foi convidado para um almoço na residência do Major, o mesmo que administrava a base na selva onde havia passado suas férias. Ao ser recepcionado na sala de visitas do militar, o jornalista pode admirar, artisticamente montada na parede central do aposento, a grande e belíssima pele da enorme onça que o próprio militar havia baleado, durante uma incursão em companhia do grupo de jornalistas ao longo do rio Xingu a bordo de uma barcaça de metal. Na ocasião, todos assistiram quando a onça, parada na borda do rio, voltou a cabeça em direção ao ruído do motor da embarcação, no exato instante em que o Major disparou com precisão milimétrica, atingindo o animal bem entre os olhos... Somente no dia seguinte o guia Cara Preta mergulhou nas águas do Xingu içando o corpo do animal abatido e entregando-o ao comandante da base.

Reclamação do Ex-Presidente Jânio Quadros


Grupo São Paulo Leste


RECLAMAÇÃO ATENDIDA


A secretária esticou a cabeça pelo vão da porta e anunciou: - "O doutor Jânio está aqui e quer falar com o senhor."
- "Manda ele entrar, menina.".
A cabeça da secretária desapareceu atrás da porta que foi logo aberta para dar passagem à figura então bastante acabada daquilo que havia sido e representado no cenário político nacional, durante um bocado de tempo.
- "Meu presidente!", exclamou o jornalista Celso Vieira, então Diretor da Sucursal dos
Diários Associados na Baixada Santista. – "Quanta honra. Vamos entrar...O que manda?"
- "Estou aqui para fazer uma reclamação."
- "Diga, sou todo ouvidos."
- "Não tenho recebido o Diário em minha casa. Há de haver uma razão"
O Diretor da Sucursal não teve dúvida: - "Qualquer que tenha sido o motivo da interrupção, a partir de amanhã cedo o jornal voltará a lhe ser entregue todos os dias, Presidente. Deixe comigo e não se preocupe mais."
- "Ótimo. Posso, portanto, retirar-me. Grato pelas providências."
E dando a mão ao jornalista, saiu de cena, enquanto o diretor descia para o subsolo do prédio para falar com o motorista da perua de distribuição: - "Vilso, tenho uma recomendação muito séria a fazer."
- "Diga, seu Celso."
- "A partir de amanhã, debaixo de temporal, muito frio ou muito calor, você não pode
esquecer de entregar o "Diário" na residência do Jânio Quadros, lá no Guarujá. É coisa muito séria, entendeu? Se você der mancada, tá despedido. Estamos entendidos?"
- "Pó’deixá, seu Celso. Eu me comprometo..."
Uma ou duas semanas depois, a secretária atendeu o telefone da mesa do chefe e passou para ele:
- É o doutor Jânio, seu Celso."
- "Meu Presidente", disse o Diretor. O que manda?"
- "Quero agradecer-lhe a pontualidade com que o meu jornal passou a ser entregue aqui
em casa, depois de nossa conversa em seu gabinete."
- "Maravilha, Presidente!"
- "Quero dizer mais: se estiver disponível, convido-o para vir tomar um cafezinho
comigo..."
- "Já estou saindo, senhor. Muito obrigado."
Pouco depois, o então Diretor da Sucursal dos Diários entrava na casa do homem que havia revolucionado o país com suas falas e atitudes controversas porém impactantes. Levado pelo mordomo do ex-presidente/governador/prefeito/ deputado/vereador e professor, o visitante foi encontrar o atual cidadão aposentado diante de uma tela, na qual pintava uma boneca, por sinal bastante sugestiva, o hobby ao qual se dedicara depois de haver se retirado definitivamente da vida pública.
- "Toma uma dose de uísque comigo, senhor Celso?"
- "Muito obrigado, Presidente. Os remédios que venho tomando, entende?... Mas aceito, sim, um café."
Logo após cordial e rápida conversa, o Diretor dos "Diários" da Baixada despediu-se e deixou a residência da agora humilde e pacata figura do homem que nem chegava aos pés daquilo que fora outrora. Bastante emocionado pela visita, o jornalista só lamentou não ter manifestado ao dedicado artista o vivo interesse em adquirir uma tela das bonecas que foram pintadas pelo notório cidadão que chegara a ocupar tantos e tão importantes cargos na vida pública desta Nação.
  Dorival Colombero - 1889 - 02/09/2008 - [217]